Um advogado foi alvo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) suspeito de intermediar o pagamento de propina a um policial civil para ocultar provas de um crime ocorrido em abril de 2022.
Conforme o Ministério Publico do Paraná (MP-PR), foram três mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados em Maringá, no norte do Paraná, na manhã desta quarta-feira (20).
Segundo o promotor Marcelo Gobatto, as provas foram compartilhadas pelo Poder Judiciário de Santa Catarina, que indicavam o pagamento de propina do investigado pelo homicídio cometido.
De acordo com a polícia, o suspeito do crime contratou o advogado para auxiliar na intermediação e fazer o pagamento de R$ 15 mil a um policial civil para não dar andamento nas investigações.
Na casa do suspeito do homicídio e no escritório do advogado foram apreendidas porções de drogas, cerca de R$ 5 mil em espécie e uma pistola com munições.
A investigação apura a possíveis práticas de corrução ativa, corrupção passiva, prevaricação, falsidade ideológica e crimes contra a administração da Justiça.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB |) informou que está acompanhando o caso e prestando auxílio nas investigações.
Investigações
As investigações tiveram início em dezembro de 2023 após o Gaeco receber informações de que o investigado pelo crime do homicídio teria dado propina ao agente, que não teve o nome revelado, para que não fosse encontrado e dificultar as provas.
Durante as investigações, foi identificado que o advogado estaria intermediado o pagamento por meio de uma conta bancária de uma terceira pessoa. (com g1)