Um motorista de 35 anos foi preso preventivamente em Ipiranga, nos Campos Gerais do Paraná, suspeito de estuprar uma criança diversas vezes quando atuava no transporte escolar de alunos da rede pública municipal.
De acordo com o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Juarez Filho, os crimes aconteceram há cinco anos, quando a vítima tinha oito anos de idade. Ela só teve coragem de contar agora para os pais os abusos que sofreu devido às ameaças que sofria do homem, afirma o delegado.
A menina passa por tratamento psicológico e psiquiátrico, toma medicamentos controlados e possui crises de ansiedade e de depressão desde quando os crimes aconteceram, conta Juarez. A família relatou à polícia que na época achou que a mudança de comportamento da criança fosse por conta da idade.
Segundo o delegado o homem aproveitava o momento em que ficava sozinho com a vítima, ao fim da linha do ônibus, para abusar sexualmente dela. Ela era a primeira a ser pega e a última a ser deixada em casa, então ficava sozinha com o homem por cerca de 4 km, diariamente.
Ameaças
Juarez conta que a menina possui cicatrizes de agressões que sofreu com faca ao ser ameaçada pelo suspeito, que também usava uma arma de fogo para convencê-la a não denunciá-lo.
Segundo a polícia, o homem ameaçava de morte a criança e os familiares dela, caso fosse denunciado.
Durante as investigações, conforme a corporação, o suspeito ainda ameaçou novamente a vítima. Com isso, a polícia fez um pedido de Prisão Preventiva e de Busca e Apreensão.
No cumprimento dos mandados, o homem foi encontrado com uma arma de fogo, uma espingarda, diversas munições e apetrechos.
O nome do suspeito não foi revelado. Atualmente, ele trabalha como motorista de trator.
De acordo com o delegado, o homem é investigado em outro inquérito policial de 2021, também pelo crime de estupro de vulnerável. Neste caso, a vítima tinha 11 anos e o processo aguarda decisão judicial.
O que diz a prefeitura
A secretatria de educação de Ipiranga afirma que o homem foi motorista de uma empresa terceirizada que não atua mais junto ao Município, e que a prefeitura não tinha conhecimento da situação.
A pasta também disse que há um trabalho constante nas escolas de orientação e proteção às crianças, para que recebam orientações sobre situações de abusos que devem ser denunciadas.(com g1)