A Justiça do Paraná condenou o vereador de Cianorte, no noroeste do Paraná, Adaílson Carlos Ignácio da Costa (Podemos), conhecido como Dadá, pelo crime de corrupção ativa e passiva em um esquema de “rachadinha”, junto com o assessor parlamentar. Ele foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão.O assessor, José Santos Barbara, foi condenado a 11 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado.
As investigações começaram em 2020 depois de uma denúncia anônima. Todo mês o assessor repassava aproximadamente R$ 2 mil ao parlamentar, o que representava 30% do salário do servidor. Anotações, imagens de câmera de segurança e mensagens trocadas em aplicativos estão entre as provas que mostram a corrupção ativa e passiva.
Os denunciados respondem também a ação civil por ato de improbidade administrativa.A sentença também decretou a perda do mandato para o vereador e a perda da função pública para o assessor que “ao invés de comunicar a ilegalidade de ter que ‘repartir’ seu salário com o vereador, aliou-se a ele em conluio criminoso, violando dever funcional”. Para reparação dos danos causados, foi determinada a devolução de R$ 6.355 aos cofres do Município de Cianorte por ambos os réus.Em 2020 o vereador Adaílson Carlos Ignácio da Costa, o Dadá, do Podemos, chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto após pagar fiança de R$10 mil. Para o assessor José Santos Bárbara, a fiança havia sido de R$5 mil. Ambos estavam afastados dos cargos e o vereador teve o mandato cassado pela Câmara em 2021.
A Câmara Municipal de Cianorte se manifestou por meio de nota.
Leia na íntegra: “A Câmara Municipal de Cianorte informa que não figura como parte no processo judicial em questão. Nesse caso, trata-se de ação movida pelo Ministério Público do Estado do Paraná (GAECO) contra os reús Adailson Carlos Ignácio da Costa e José Santos Bárbara. Informa, ainda, que a Câmara Municipal de Cianorte não foi formalmente intimada de nenhuma decisão proferida nos referidos autos. Assim, somente se manifestará após devidamente comunicada, salientando que cumprirá as eventuais determinações judiciais.” (com g1)