A adolescente de Itajaí assassinada supostamente pelo namorado planejava terminar o relacionamento, segundo apurou a Polícia Civil. De acordo com o delegado Roney Péricles, no dia 12 de fevereiro, data em que a garota de 14 anos sumiu, Maria Gabriela Nunes contou à mãe sobre o desejo de encerrar a relação.
O estopim para o término teria sido as mensagens de Anderson Burigo questionando o motivo de ela não ter retonado as ligações e mensagens dele durante a madrugada anterior ao desaparecimento. O jovem de 23 anos, inclusive, teria sugerido que ela o estava traindo.
Maria teria contado a uma amiga no WhatsApp sobre as agressões físicas e o comportamento violento de Anderson, conta Roney. O delegado diz que os relatos apont
am até que o namorado chegou a bater em um amigo da adolescente e ameaçar outro por não gostar da proximidades deles com a vítima.
Na quinta-feira (13), um dia antes de o corpo da vítima ser encontrado no rio em Navegantes, cidade vizinha a onde ela morava, o suspeito chegou a ser interrogado e admitiu as agressões e falou ter um “ciúme exarcebado” da garota, com quem se relacionava há cerca de um ano.
A polícia tem analisado imagens de câmeras de segurança para estabelecer como, quando e onde exatamente ocorreu o assassinato de Maria, encontrada com perfurações no corpo na sexta-feira (14). Os dados dos celulares apreendidos e os laudos da perícia também ainda não estão prontos.
Anderson foi preso no sábado (15) suspeito de feminicídio e ocultação de cadáver. Em depoimento ele negou ter matado a jovem, diz Roney.
Debora Alexandre, mãe da adolescente, contou ao g1 SC sobre os planos da filha:
— O sonho dela era ser perita criminal, sempre falava isso. Queria estudar e ser alguém na vida. Queria fazer investigação, era apaixonada por isso — contou nesta terça (18) ao falar pela primeira vez sobre o caso.(g1 SC)
