O café, companheiro indispensável das manhãs de milhões de brasileiros, tornou-se um dos itens mais caros da cesta básica no ano passado. Com uma alta de 37,4%, o preço do produto disparou, superando o aumento de alimentos como leite, arroz e óleo de soja. Hoje, um pacote de café pode ser encontrado nas prateleiras por cerca de R$ 50, e o pior ainda está por vir: especialistas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) preveem que o valor subirá mais 25% nos próximos meses, pressionando ainda mais o bolso dos consumidores.

A projeção de aumento de preços do café é impulsionada pela combinação de custos crescentes na indústria cafeeira, que enfrentou quebras significativas em suas safras devido a eventos climáticos extremos, como a seca sevevera e pela desvalorização do real. Nos últimos doze meses, os custos de produção subiram até 200%, de acordo com a Abic, mas apenas 39% desse impacto foi repassado ao consumidor final. A desvalorização da moeda brasileira também teve um papel crucial, encarecendo insumos essenciais, como fertilizantes, e elevando consideravelmente os custos logísticos.
Segundo a Abic, o preço nas prateleiras, embora já alto, ainda não reflete totalmente o aumento dos custos. A expectativa é que esse repasse aconteça gradualmente, pressionando ainda mais os preços nos proximos meses.(com Veja negocios)