O médico italiano Alfredo Colapietra,preso suspeito de importunar sexualmente uma mulher de 28 anos que trabalhava vestida como mascote de uma empresa durante um jogo de futebol, atua como cirurgião plástico. O crime e a prisão aconteceram no domingo (4).
O médico informa, em seu perfil no Linkedln, que reside em Milão, na Itália. Além disso, realizou cursos de especializações na área de cirurgias plásticas na França, Estados Unidos e Brasil, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), entre fevereiro e abril de 2020.
O caso aconteceu em Maringá, no norte do Paraná, no domingo (4).
No TikTok, onde reúne quase 80 mil seguidores, Colapietra divulga os procedimentos estéticos que realiza, principalmente, em mulheres.
De acordo com o delegado Dimitri Tostes, o Conselho Regional de Medicina (CRM) disse que ele não tem validação para atuar no Brasil.
A defesa do suspeito disse que não vai se manifestar sobre o caso.
O crime
A partida era válida pela Série D do Campeonato Brasileiro e foi disputada entre o Maringá e o Novo Hamburgo, do Rio Grande do Sul, no Estádio Willie Davids.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o suspeito pediu para tirar uma foto com a mascote e, quando se aproximou, teria passado a mão nas partes íntimas dela.
Testemunhas chamaram os policiais militares, que prenderam o homem em flagrante. Segundo a Polícia Civil, ele negou a acusação na delegacia.
A polícia estabeleceu uma fiança de R$ 50 mil para que o médico responda o inquérito em liberdade.
Clube e empresa repudiam ato
Em nota, o Maringá Futebol Clube repudiou a importunação sexual cometida pelo médico italiano:
“Reiteramos o nosso compromisso inabalável em combater qualquer forma de violência dentro e fora dos estádios e nos colocamos sempre à disposição para esclarecimento dos fatos. Reforçamos que buscamos sempre que o estádio seja um local seguro para todos os torcedores e não aceitaremos qualquer tipo de conduta semelhante em nossos jogos.
Destacamos ainda que já existe uma ação em parceria com o Ministério Público, Federação Paranaense e os clubes do Paraná que visa implementar o protocolo “Não é Não”, contra a violência, importunação e assédio no trabalho, especialmente contra as mulheres. O protocolo já está na fase inicial de treinamento das instituições envolvidas, com atividades programadas de 12/08 a 13/09, tendo como objetivo oferecer suporte integral às vítimas e garantir a rápida identificação dos infratores.
Atenciosamente,
Diretoria do Maringá Futebol Clube SAF”.
A empresa que a vítima prestava serviço disse, também em nota, que repudia “qualquer tipo de comportamento inadequado, incluindo o assédio em qualquer forma ou contexto”. Reiterou que “acompanhou o processo e o registro do boletim de ocorrência até o final”. (com g1)