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Audiência pública na Alep discute apagões da Copel

Uma importante audiência pública aconteceu hoje segunda-feira, dia 18 de março, no plenarinho da Assembleia Legislativa, para tratar constantes quedas de energia nos municípios paranaenses, que estão provocando apagões no fornecimento para os consumidores. Segundo os deputados, o objetivo foi buscar uma solução para as constantes interrupções do fornecimento de energia, que aumentou significativamente depois da venda da Copel, causando transtornos e prejuízos econômicos tanto para a população quanto para o setor comercial e agrícola.

A iniciativa dos deputados Luciana Rafagnin (PT), Arilson Chiorato (PT) e Anibelli Neto (MDB) reuniu especialista e representantes de entidades para apresentar dados, debater e formalizar encaminhamentos para tentar amenizar o problema.

Documento resultante do encontro será enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a outros órgãos de controle como Ministério Público Federal, (MPF), Ministério Público Estadual (MP-PR) e para o Tribunal de Contas (TCE-PR), para um levantamento dos investimentos realizados para melhoria da qualidade.

“Faremos denúncia à ANEEL e notificaremos o MP-PR para intermediar uma reunião com a Copel, porque temos direito a uma resposta”, informou a parlamentar, ao lamentar a ausência de representantes da empresa durante a audiência pública. “É um descaso com os paranaenses e com a Assembleia Legislativa. A ausência da Copel aqui é um sinal do lado que ela está”, reforçou o deputado Arilson Chiorato.

Os parlamentares também defenderam no encontro a necessidade de se estabelecer uma meta de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) próprio para a energia da zona rural, além de se criar um modelo padrão de denúncia para registrar as reclamações de prejuízos e entrar com ação de responsabilização criminal e ressarcimento.

Falta de ressarcimento

Durante o evento no Plenarinho, os deputados apresentaram dados e consequências provocadas pelas interrupções de energia. “Só no ano passado, a Copel recebeu mais de 28 mil pedidos de ressarcimento. Destes, apenas 7 mil foram atendidos e o restante da população ficou sem esse atendimento”, citou a deputada Luciana Rafagnin. “A energia é um bem essencial para a vida de todo cidadão. Necessária tanto para o trabalho doméstico, até à indústria, ao comércio e à agricultura. São muitas reclamações de agricultores que têm perdido a produção de leite, também na avicultura, psicultura”, acrescentou a Luciana Rafagnin.

O deputado Arilson Chiorato ressaltou que os registros de queda de energia estão generalizados no estado. “Eu produzi um ‘apagômetro’ no meu mandato. Temos hoje 382 cidades do Paraná que registraram queda de energia com frequência depois da venda da empresa. Estamos preocupados com isso, principalmente com o setor agrícola. São muitas denúncias de queda de energia: paralisa o trabalho, morre frango, morre peixe, falta ração, mercados que têm prejuízos enormes com a falta de luz. A gente precisa apurar agora se é coincidência, se é problema técnico, se é problema por causa de recursos humanos. A única certeza que a gente tem é de que o povo está pagando a conta”, afirmou.

Informações: Alep

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