Em 2023, o Paraná enfrentou 24 temporais de grandes proporções, o maior número no Estado em um ano. Eles provocaram danos graves à rede elétrica, como a quebra de 5.637 postes da rede da Copel no ano passado, uma média de 15 por dia. A instalação dos novos postes no lugar dos avariados equivale à quantidade de estruturas necessárias para construir uma rede nova de cerca de 320 quilômetros de extensão.
“Em 2023 nós trabalhamos intensamente para reconstruir parte da rede destruída por temporais e para minimizar os impactos sobre o fornecimento de energia à população”, explica a superintendente de Manutenção da Copel, Andrea Bertolin.
Ela ressalta que, além da manutenção preventiva e mobilização das equipes, a Copel está investindo em ampliação e modernização da rede. “O investimento em novas redes e subestações, e a implementação de programas como o Paraná Trifásico e o Rede Elétrica Inteligente contribuem para elevarmos o nível de automação da rede e empregarmos tecnologia avançada no enfrentamento dos estragos deixados pelos temporais”, afirma.
De acordo com o Simepar, no ano passado foram registrados 3.935 episódios de rajadas de ventos acima de 50 km/h no Paraná, um aumento de 14% em relação a 2022 e de 34,8% na comparação a 2021. O instituto de meteorologia contabilizou 284.210 raios no Estado em 2023, número 25% maior do que em 2022 e 183% superior a 2021.
A primavera do ano passado também foi marcada por recordes de temperaturas e chuvas intensas. Segundo o Simepar, os acumulados de chuva superaram os 900 mm em diversos municípios durante a estação, principalmente no Sudoeste e Centro-Sul paranaense.
As intempéries fazem parte de um contexto mais amplo de temporais que assolaram todo o Paraná e estão associados ao fenômeno El Niño. Em duas ocasiões, em outubro, os ventos alcançaram velocidades de 100 km/h e provocaram danos graves à parte da rede, que precisou ser reconstruída.
Agência Estadual de Notícias