Em Quarto Centenário, no centro-oeste do estado, José Ferraz, de 74 anos, trabalha como caminhoneiro e transporta casas inteiras há 45 – e não pretende parar tão cedo.
“É o que aprendi a fazer na vida, é o que sei fazer. Amo o meu trabalho. Já puxei mais de mil casas”.
De acordo com a Prefeitura de Quarto Centenário o transporte é permitido desde que seja solicitada autorização com antecedência.
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)
Também é obrigatório solicitar a Autorização Especial de Trânsito.
De acordo com a caminhoneiro, a maior parte dos transportes é de casas de pessoas que saem da área rural para o centro urbano.
Conhecido em todos os cantos por onde passa, José começou a trabalhar no ramo quando recebeu a proposta de um morador para levar uma casa de um terreno a outro.
“Eu fiquei nervoso e não sabia como fazer. Depois levei, deu certo com ajuda da pá carregadeira”, disse.
Como funciona o transporte
Com 45 anos de experiência, José considera o procedimento para levantar uma casa inteira “simples e fácil”. Ele conta que precisa de pelo menos quatro ajudantes para realizar o trabalho.
Com auxílio de quatro macacos hidráulicos e várias camadas de madeiras, aos poucos a casa é levantada.
Segundo o motorista, o transporte é seguro e não há perigo de a construção desabar no momento da retirada e na estrada. Porém, “precisa ter paciência”, afirma.
O caminhoneiro explica que a mudança custa, em média, R$ 5 mil para casas pequenas e pelo menos R$ 12 mil para casas maiores.
Para a atividade, ele usa um caminhão de 1976, comprado novo na época, e que suporta mais de 15 toneladas. O motorista afirma que nunca teve problema mecânico com o veículo desde a aquisição.
Segundo o órgão, o transporte pode ser feito por: empresas de transportadoras, autônomos e por quem é dono da carga.
O motorista afirma que, antes de realizar o serviço, aciona as equipes policiais das rodovias para que realizem o acompanhamento de parte do percurso. (com g1 paraná)