Deflagrada na manhã de quinta-feira (27), a 4ª fase da operação Mensageiro somou 15 prefeitos presos no Estado e colocou sob a mira um suposto esquema de corrupção na licitação do lixo em várias cidades de Santa Catarina. As prisões equivalem, atualmente, a 5% de todos os prefeitos de Santa Catarina e envolvem sete partidos.
A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) começou há cerca de um ano e meio, após delações premiadas, rastreamento de celulares e apurações de documentos.
Na 1ª fase, em 6 de dezembro de 2022, quatro prefeitos foram presos.
Na 2ª fase, em 2 de fevereiro de 2023, dois prefeitos foram presos, na 3ª fase, o prefeito de Tubarão teve o mandado de prisão preventiva cumprido junto com o vice. Na 4ª fase, na quinta, foram presos oito prefeitos.
Prefeitos presos
- Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava ;
- Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
- Antônio Rodrigues (PP), de Balneario Barra do Sul.
- Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;
- Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
- Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
- Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
- Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;
- Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba;
- Adriano Poffo (MDB), de Ibirema;
- Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira
- Patrick Corrêa (Republicanos), de Imauri.
- Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Tres Barras
- Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo
- Felipe Voigt (MDB), Schoroeder
Também alvo de mandado de prisão, o prefeito Luis Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim, não foi encontrado. Ele está na Europa, em viagem familiar, segundo a prefeitura.
O prefeito de Lages, Antônio Ceron, foi solto mediante ao uso de tornozeleira eletrônica por causa de problemas de saúde. O restante dos políticos está preso,sendo cinco réus no processo.
Segundo as investigações comandadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), uma empresa catarinense seria a responsável por pagar propina para agentes públicos no estado para ter acesso a licitações em diferentes municípios.
Um empresário seria o responsável pela interlocução com agentes públicos para a negociação de propina, confirme os investigadores.
Fonte: g1